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quarta-feira, 6 de março de 2013

Coerência.


“ A inveja é a religião dos medíocres… lhes apodrece a alma e lhes permite justificar a sua mesquinhez e cobiça a ponto de acreditarem que são virtudes…”

(Pg. 22)

Carlos Ruis Zafon in "O Jogo do Anjo".

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pag. 190

Depois de uma incursão larga na grande poesia, aos montes da aspiração sublime, aos penhascos do transcendente e do oculto

Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego".

terça-feira, 5 de julho de 2011

Pag. 231

Para que eu, pois, possa transmitir a outrém o que sinto, tenho que traduzir os meus sentimentos na linguagem dele, isto é, que dizer tais coisas como sendo as que eu sinto, que ele, lendo-as, sinta exactamente o que eu senti.

A arte é a comunicação aos outros da nossa identidade íntima com eles.

Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego".

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pag. 230

Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, como único ódio que sinto, não quem escreve mal português... mas a página mal escrita, como pessoa própria... como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego".

Pag. 228

Por que há-de gastar-se toda a energia da alma no estudo da linguagem dos Deuses, e não há-de sobrar um reles bocado com que se estude a cor e o ritmo da linguagem dos homens?

Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego".

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pag. 219

Todos somos iguais na capacidade para o erro e para o sofrimento. Só não passa quem não sente; e os mais altos, os mais nobres, os mais previdentes, são os que vêm a passar e a sofrer do que previam e do que desdenhavam.

Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego".

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pag. 217

A alma humana é um manicómio de caricaturas. Se uma alma pudesse revelar-se com verdade, nem houvesse um pudor mais profundo que todas as vergonhas conhecidas e definidas, seria, como dizem da verdade, um poço, mas um poço sinistro cheio de ecos vagos, habitado por vidas ignóbeis, viscosidades sem vida, lesmas sem ser, ranho da subjectividade.

Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego".